"Inquietação" de VITOR ZAPA

VITOR ZAPA, na Galeria Vieira Portuense de 20 de Abril a 11 de Maio. Largo dos Lóios, 50 4050-338 Porto.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

in: "As Artes entre as Letras"


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terça-feira, 23 de abril de 2013

Inauguração da "Inquietação" de VITOR ZAPA





 

 Vitor Zapa
 Vitor Zapa e Arnaldo Macedo 










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Inauguração "Inquietação" de VITOR ZAPA



























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quinta-feira, 18 de abril de 2013

"Inquietação" de VITOR ZAPA


























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INQUIETAÇÃO


“O verdadeiro revolucionário é aquele que liberta o mundo e o torna a prender, para lhe dar uma nova
oportunidade de vida… É a estes criadores que o universo deve a sua existência e a sua forma através dos
séculos”
Jean Bazaine

Não foi de todo inocente a escolha destas palavras deste pintor da Escola de Paris para abrir a nossa singela
reflexão sobre a obra de Vitor Zapa, pois me parece que elas encerram em síntese o admirável processo criativo
do pintor.
Torna-se complicado, em poucas palavras, destrinçar o complexo mundo de Vitor Zapa. Mais inútil ainda
encerrá-lo numa corrente ou escola. Como muitos artistas de forte personalidade, Vitor Zapa está muito para lá
de qualquer catalogação. E a sua arte muito para lá do próprio artista.
Basta-nos percorrer os olhos pela história da arte ocidental – desde Bosch, por exemplo – para encontrar um
certo fio condutor que nos conduza ao universo fantástico deste pintor. Mas é sobretudo em certos artistas do
Expressionismo alemão que a nossa atenção se fixa mais demoradamente.
Muito se tem dito e questionado sobre este complexo e altamente abrangente movimento estético do início do
séc. XX, e que alguns questionam inclusive a própria legitimidade como movimento artístico. O que é certo é
que nele vemos entroncar a Bauhaus, essa extraordinária escola de arte que moldou todo o séc. XX, bem como
Kandinsky, que dele partiu para a aventura abstracta, e Klee, a quem e experiência tunisina com Moilliet e
Macke marcará de forma radical, trazendo-lhe a revelação da cor. No seio deste movimento vamos encontrar
artistas como Ensor e Munch, cuja sátira social e ironia nos serviriam ao nosso propósito, ou Groz e Otto Dix,
mais envolvidos com a causa social e a luta política, bem como os pacifistas Meidner e Feininger, empenhados
em devolver a paz social pela harmonia e pela arte. Mas é sobretudo o intrigante Max Beckmann quem mais nos
surge na memória ao observar as obras de Vitor Zapa. Deste artista, que no pós-guerra abandona os cenários de
declínio social para se centrar no indivíduo, na sua situação, na sua impotência e abandono num mundo cruel e
violento – e que por isso se recusa simultaneamente a todas as generalizações ideológicas, ao contrário de Groz
e Dix -, chama-nos a atenção uma obra singular, “A Noite”, obra inquietante que carece ainda de uma
interpretação séria por parte da crítica. Nela, a violência, o caos e o sofrimento do povo ganham forma. A
perspectiva parece quebrada e distorcida. As linhas e superfícies extremamente nítidas e claras da composição e
a luz irreal acentuam a expressão de violência que domina a obra sem que o artista pretenda com isso acentuar o
ocasional acto violento - um assalto - que o motiva (parece-nos estar a descrever um qualquer quadro de Vitor
Zapa…). Nesta obra, as metáforas pessoais de Beckmann misturam-se com os símbolos tradicionais da História
da Arte, transformando-a numa metáfora para o mistério de toda a humanidade.
Estão lançadas assim, parece-me, as premissas para uma compreensão da pintura fantástica de Vitor Zapa. O
pintor parece querer desenrolar as suas metáforas de histórias pessoais e da História no palco de um “teatro
mundial”, em que se converte cada uma das suas telas. Esta permanente sátira do quotidiano, irónica ou
denunciante, propõe uma visão para lá da simples crítica ou revolta social. O Artista parece oferecer “um
universo alternativo – como muito bem refere Luiz Morgadinho numa nota crítica sobre o pintor – onde se
mesclam paixões e medos”. A sua missão existencial parece ser dar ao homem um retrato do seu destino.
Terminada a catarse, permanece o quadro: uma superfície plana, plena de harmonia e inquietação…
Termino esta breve reflexão com mais uma citação. É de Marcel Gromaire, numa entrevista de 1950: “O
Expressionismo moderno não se concebe sem um gosto frequentemente mórbido da deformação. Nega o estilo
em proveito da estilização instintiva. Os melhores quadros expressionistas são gritos desesperados. Quanto
melhores são, menos analisáveis.” …
Guimarães, Abril de 2013
Alberto D’Assumpção

ZAPA

Este surrealista, tetraneto de Jerónimo Bosch, filho de André Breton e Apollinaire, sobrinho de Froid e Jung, irmão de Giorgio De Chirico, Max Ernst, Joan Miró, René Magritte, Salvador Dali, Marc Chagall, Pablo Picasso, Marcel Duchamp, Paul Klee, André Masson, Hans Arp, Francis Picabia, Man Ray, Kurt Schwitters e Yves Tanguy, primo de Luis Buñuel, traz-nos uma realidade que não vemos nos néons da publicidade, nem nas parangonas dos jornais, nem sequer nos códigos da burguesia acomodada, mas sentimos nas entranhas do nosso subconsciente, nas angústias dos tempos cinzentos, nos sonhos sombrios da desesperança. Zapa, inconformado e inconformista, assesta a arma do seu talento contra o cinismo do “politicamente correcto”, descarnando uma realidade formatada ao jeito dos interesses protegidos, como se faz nos laboratórios de autópsias. As suas obras são gritos contra a mediocridade, contra a presunção rasteira, contra os insultos à inteligência, contra o entorpecimento dos cérebros, pela “virgindade do espírito” a que se referia Breton. Surrealismo concebido por um surrealista.

AC

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Galeria de Arte Contemporânea situada no Largo dos Lóios, 50, da cidade do Porto. Horário: de terça a sábado das 9h30 às 12h30 e das 14h às 19horas. www.galeriavieiraportuense.net
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